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ASSHOP

        Operações de Assistência Hospitalar às populações ribeirinhas

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          As viagens que os Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) da Marinha do Brasil realizam pela Amazônia, atendendo à população carente daquela região, são chamadas de Operações de Assistência Hospitalar à População Ribeirinha, ou simplesmente ASSHOP.

          As regiões atendidas são denominadas Pólos de Saúde.

          Nas localidades situadas nos pólos são realizados atendimentos especializados, constando de ações médicas e de odontologia preventivas, visando implantar uma mentalidade de saúde e cuidados de higiene, além da vigilância epidemiológica, combate a endemias e eventuais atendimentos às emergências.
         
          Desta forma, são executadas as seguintes ações principais:
          - medicina preventiva, através de imunizações contra viroses, palestras sobre educação sanitária, com ênfase na educação alimentar e higiene pessoal e medidas de prevenção das patologias endêmicas transmissíveis e neoplásicas;
          - odontologia preventiva com ênfase na profilaxia da cárie dentária;
          - atendimentos médico, cirúrgico e odontológico de rotina a nível primário e secundário;
          - atendimentos médico, cirúrgico e odontológico emergencial;
          - vigilância epidemiológica;
          - levantamento das condições sanitárias e das facilidades de promoção e assistência de saúde das localidades;
          - apoio aos agentes comunitários de saúde; e
          - integração com organizações militares, universidades e instituições científicas através da participação de Oficiais da Marinha e de outras Forças, professores, pesquisadores e alunos da área de saúde.

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          A identificação das comunidades a serem atendidas nos Pólos de Saúde é baseada nos seguintes aspectos:
          - recursos de infra-estrutura sanitária e de assistência à saúde existentes nos municípios;
          - aspectos demográficos das localidades pesquisadas;
          - grau de dificuldade para o acesso dos recursos de saúde desde a sede dos municípios;
          - indicadores de saúde desfavoráveis;
          - zonas endêmicas de patologias infecto-contagiosas;
          - priorização para ações de saúde pública pelos órgãos competentes do governo federal e estadual;
          - risco de eclosão de epidemias ou de recrudescimento de patologias regionais, até então sob controle, em áreas sabidamente endêmicas;
          - possibilidade de atendimento periódico das localidades, considerando a navegabilidade da região para os Navios; e
          - períodos de manutenção previstos para os Navios.

            A prioridade de atendimento de cada Pólo de Saúde é estabelecida em conjunto pelo Ministério da Saúde, órgãos estaduais e municipais de saúde e a Marinha do Brasil.

          Em princípio, cada Pólo de Saúde será assistido duas vezes por ano, a fim de permitir um acompanhamento mínimo eficaz dos pacientes atendidos na visita anterior e, quando for o caso, uma correta ação de vacinação, que normalmente implica em duas doses em épocas distintas.

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As patologias reportadas com maior freqüência são:
         
Crianças:
              Parasitoses gastrointestinais
              Gastro-entero-colites agudas de etiologia viral e bacteriana
              Dermatites atópicas, dermatofitoses e escabiose
              Anemia
              Infecção do trato urinário
         
Adultos:
              Verminoses e parasitoses gastrointestinais
              Dermatofitoses
              Vulvovaginites e doença inflamatória pélvica
              Enxaqueca clássica
              Diabetes
              Infecção do trato urinário
              Mialgias e artralgias

          Fatores principais:
              Falta de estrutura básica
              Falta de educação sanitária
              As habitações são flutuantes
              Qualidade de vida e alimentação precárias
              Fatores climáticos (doenças de pele)
            

          As Secretarias Estaduais de Saúde poderão prover médicos, dentistas, bioquímicos, enfermeiros, vacinadores e agentes sanitários, entre outros, para embarque, mediante solicitação da MB, e de acordo com as suas disponibilidades.

          Os NasH também podem apoiar Programas Especiais de Saúde Pública, tais como o Amazônia Solidária e o Visão 2000, em coordenação com organismos municipais, estaduais e federais competentes.         

          No Universidade Solidária, os navios contribuiram apoiando o transporte e alimentação de universitários desse projeto, bem como possibilitando o fornecimento de cestas básicas às famílias de seringueiros. Os NAsH são utilizados em campanhas de vacinação e de saúde preventiva, onde a prevenção ao cancêr de colo do útero pode ser citada como exemplo.

          Há alguns anos, a despeito das restrições orçamentárias, mas ciente da relevância de sua presença na Amazônia, a Marinha apresentou projeto de emenda no Congresso Nacional, objetivando a construção de 6 navios que terão a finalidade precípua de atender às populações ribeirinhas da Amazônia. Essas embarcações, os "navios da cidadania", especialmente projetadas e configuradas para navegarem nos rios da região, permitiriam,  entre outros atendimentos, a ampliação das atividades de segurança do tráfego aquaviário (orientação, registro e fiscalização); assistência médico-odontológica; identificação; registro civil, profissional e eleitoral; educação e assistência sanitária; assistência às populações indígenas; fiscalização e preservação do meio ambiente; e salvaguarda da vida humana nos rios.


          A Marinha, valendo-se da experiência adquirida, espera, com novos meios, ampliar os serviços que presta às populações ribeirinhas e indígenas, resgatando a cidadania desses brasileiros e tornando ainda mais ampla sua presença na região. As embarcações, pelo projeto, seriam construídas em estaleiros nacionais, gerando emprego na área de construção naval, sob encomenda da própria Marinha.

            Os NAsH, e antes deles as corvetas que a Marinha do Brasil possuía na região, são conhecidos pelas populações ribeirinhas como os navios da esperança.

          Os NAsH são subordinados ao Comando da Flotilha do Amazonas. Há que ressaltar que além dos NAsH, a Flotilha do Amazonas possui navios patrulha fluviais que, quando necessário, também podem realizar ASSHOP

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